Número de pessoas em situação de rua na cidade de SP cresce e chega a 96 mil
- Equipe Baixada na Tela
- 24 de abr.
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Quase 3 mil pessoas passaram a viver em situação de rua na cidade de São Paulo no primeiro trimestre deste ano. Esse número se soma a um contingente que, em março, chegou a 96.220 — contra 93.355 em janeiro.
No estado de São Paulo, foi registrado um aumento similar com 143.509 pessoas em situação de rua em março — ante 140.543 em janeiro.
O levantamento é do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com base nos dados de pessoas em situação de rua registradas no CadÚnico.

Segundo o levantamento, 84% das pessoas vivendo nas ruas são homens e 81% vivem com até R$ 108 por mês. Mais da metade (52%) não terminou o ensino fundamental ou nem tem escolaridade.
Os dados são divididos em três categorias pelo OBPopRua: estados com aumento, diminuição ou estabilidade na concentração de registros de pessoas em situação de rua no CadÚnico.
Apesar de ter o maior número de pessoas em situação de rua do Brasil, o cenário de São Paulo foi classificado como estável.
Muitas dessas pessoas encontram acolhimento em instituições não governamentais como o Arsenal da Esperança, na Mooca, na Zona Leste, que atende exclusivamente homens e recebe, entre outros, recursos da Prefeitura de São Paulo. Em março deste ano, o aporte foi de R$ 1 milhão, segundo a gestão municipal.
Padre Simone Bernardi, missionário do Arsenal, afirma que são atendidos, todos os dias, 1.200 homens, um trabalho que existe há 29 anos. "Portanto, já passaram aqui 76 mil pessoas diferentes, que vieram em busca de uma esperança. Não é mesmo um lugar nas nuvens, mas um lugar onde pode ficar, tomar banho, se alimentar, quem sabe fazer um curso, fazer a documentação que perdeu... A possibilidade de caminhar de novo rumo a um projeto de vida", afirmou.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que capital tem a maior rede socioassistencial da América Latina com mais de 26 mil vagas em 384 serviços de acolhimento. No ano passado, a administração investiu R$ 3 bilhões em programas de assistência social e segurança familiar
Já a Secretaria de Desenvolvimento Social do governo de São Paulo informou que vem trabalhando de forma integrada com os municípios para reduzir esses números e que foram destinados mais de R$ 145 milhões para políticas assistenciais.
Via G1.
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